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Fumaça branca, poder e mistério: como o novo Papa será escolhido

O que é o Conclave?

O termo Conclave vem do latim cum clave, que significa “com chave”. A expressão descreve perfeitamente o que ocorre: os cardeais eleitores são literalmente isolados na Capela Sistina, no Vaticano, sem qualquer acesso ao mundo exterior. O isolamento é absoluto. Nada de celulares, televisão ou internet. O objetivo é garantir que a escolha do novo Papa seja feita com total independência e concentração espiritual.

O Conclave começa entre 15 e 20 dias após a morte do Papa, respeitando o tempo para os ritos fúnebres e a chegada de todos os cardeais a Roma.

Quem pode votar no Conclave?

Atualmente, há 135 cardeais eleitores aptos a participar do Conclave, todos com menos de 80 anos, conforme as regras estabelecidas pela Santa Sé.

Para que um Papa seja eleito, ele precisa obter dois terços dos votos válidos. Com 135 eleitores, isso significa, no mínimo, 90 votos.

Como funcionam as votações?

A dinâmica do Conclave é a seguinte:

  • No primeiro dia, ocorre uma única votação.
  • A partir do segundo dia, podem ser feitas até quatro votações diárias: duas pela manhã e duas à tarde.
  • Se, até o terceiro dia, nenhum nome alcançar os votos necessários, há uma pausa para orações, e as votações são retomadas no dia seguinte.

Após cada votação, as cédulas são queimadas em um forno especial. A fumaça indica o resultado:

  • Fumaça preta: nenhum Papa foi escolhido.
  • Fumaça branca: um novo Papa foi eleito.

Quem pode ser escolhido como Papa?

Tecnicamente, qualquer homem batizado e católico pode ser eleito Papa. No entanto, desde o século XIV, todos os eleitos vieram do próprio Colégio de Cardeais. A escolha costuma recair sobre figuras com grande experiência pastoral, perfil conciliador e liderança espiritual reconhecida.

Quem administra o Vaticano até a eleição?

Durante o período conhecido como Sede Vacante — ou seja, com a Sé de Pedro vazia — a administração do Vaticano fica sob responsabilidade do Cardeal Camerlengo. Ele não tem poderes espirituais ou doutrinários, mas cuida dos assuntos administrativos e organiza o processo de sucessão.

O atual Camerlengo é o cardeal Kevin Farrell.

O que acontece depois da eleição?

Quando um cardeal atinge o número necessário de votos, ele é questionado: “Aceita sua eleição como Sumo Pontífice?”
Ao aceitar, escolhe o nome com o qual será conhecido e veste os paramentos papais.

Logo em seguida, surge na sacada da Basílica de São Pedro para saudar os fiéis e conceder sua primeira bênção, a tradicional Urbi et Orbi — “à cidade e ao mundo”.

A primeira bênção

Antes mesmo da missa de início de pontificado, o novo Papa concede sua primeira bênção: Urbi et Orbi — que significa “à cidade e ao mundo”.

Dias depois, realiza-se a missa solene de entronização, com presença de fiéis, autoridades religiosas e chefes de Estado.

Uma escolha que ultrapassa o religioso

O Conclave é um momento de profunda espiritualidade, mas também de impacto global. A escolha do Papa influencia debates sobre paz, migração, direitos humanos, meio ambiente e diplomacia. É um evento que transcende a fé e alcança a política, a cultura e as relações internacionais.

“O Conclave não é apenas um processo interno da Igreja. É a eleição de uma das figuras mais influentes do planeta, com efeitos que ultrapassam os muros do Vaticano.”
Elias Tavares, cientista político

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Texto de Elias Tavares, cientista político e colunista em temas de poder, instituições e comunicação política.

Especialista em marketing político e organização partidária, Elias faz análises e discute o cenário político atual Natural de São Paulo, o cientista político Elias Tavares, 38 anos, tem se consolidado como um dos principais nomes na área de análise política, gerando debates fundamentais sobre o cenário político nacional e local. Além de comentarista, Elias também atua com marketing político e organização partidária, ajudando a moldar a imagem pública e a mensagem das campanhas. “A comunicação é a peça chave para conquistar a confiança do eleitorado. Cada detalhe conta, desde o discurso até a forma como ele é transmitido,” afirma. Com uma carreira marcada por análises especializadas em dinâmicas eleitorais, Elias aplica seu conhecimento tanto na teoria quanto na prática. Ele se destaca pela habilidade de criar estratégias eficazes para candidatos e partidos, garantindo que suas mensagens alcancem o público-alvo. Atualmente, o principal foco do especialista são as eleições municipais, que vão eleger prefeitos e vereadores. “As eleições municipais impactam o cotidiano dos cidadãos. É essencial que os eleitores estejam bem informados sobre as propostas e a trajetória dos candidatos,” ressalta Tavares. Sua atuação não se restringe ao período eleitoral. Elias já atuou na campanha de políticos eleitos, além de participar de seminários e conferências como palestrante. “Estamos vivendo um momento de grande transformação política. É fundamental que todos estejamos engajados e informados sobre o que está acontecendo ao nosso redor,” conclui.

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