O Processo Eleitoral dos EUA Começa, e o Mundo Observa – Brasil, o Exemplo que precisamos Valorizar
Amanhã, os Estados Unidos iniciarão mais uma eleição presidencial, e o mundo estará atento. De um lado, Kamala Harris representa a promessa de renovação e continuidade de políticas democráticas; por outro lado, Donald Trump retorna com uma retórica de força e autoritarismo, embalada por uma base de apoiadores intensos. Mas essa eleição traz consigo mais do que uma simples escolha entre candidatos: ela testa a resistência e a confiabilidade do processo eleitoral americano, um sistema que há muito tempo mostra sinais de desgaste e desorganização.
Para nós, brasileiros, esse é um momento de reflexão. Temos uma tendência de valorizar modelos estrangeiros e olhar para fora como se tudo que vem de outros países fosse mais sólido e confiável. Mas quando o assunto é o sistema eleitoral, o Brasil tem muito do que se orgulhar. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) representa uma verdadeira fortaleza da democracia. Enquanto os EUA enfrentam desafios intermináveis com seu modelo descentralizado, em que cada estado possui regras próprias e em que o resultado final pode demorar dias, semanas, ou até meses, o Brasil entrega resultados na própria noite da votação – e com uma decisão e segurança que são dignos de respeito mundial.
O modelo brasileiro, com o TSE no comando, centraliza e fiscaliza todas as etapas do processo eleitoral. É um sistema robusto, em que a transparência e a eficiência são priorizadas. Ao longo dos anos, o TSE se consolidou como uma instituição que garante a expressão da vontade popular de forma rápida e segura. Num mundo onde a confiança nos processos democráticos está constantemente em risco, o TSE se destaca como um exemplo a ser seguido.
Em contrapartida, o sistema americano, com seu excesso de descentralização e sua vulnerabilidade a disputas judiciais intermináveis, nos mostra que o Brasil tem algo precioso. As eleições americanas frequentemente se tornam um espetáculo de incertezas, em que a interferência de advogados, juízes e assembleias acaba retardando a conclusão e minando a confiança pública no processo. Esse modelo gera ansiedade e deixa margem para questionamentos, alimentando divisões em um momento em que o país deveria buscar união.
Aqui no Brasil, o TSE oferece uma experiência completamente diferente. Quando votamos, sabemos que, ao final do dia, o resultado será ali, claro e confiável. Não precisamos esperar semanas, tampouco estamos submetidos a uma batalha judicial desgastante que prolonga as incertezas. É um sistema que honra a democracia e a vontade popular, sem espaço para desconfiança.
Em tempos como este, em que o mundo observa a fragilidade do processo eleitoral dos EUA, nós, brasileiros, precisamos considerar e valorizar o nosso modelo. Defender o TSE e o sistema eleitoral brasileiro é defender a nossa própria soberania democrática. Precisamos enxergar que o Brasil está à frente quando se trata de eficiência e transparência no voto. O exemplo do TSE é algo que deveria ser celebrado e preservado, especialmente com as próximas eleições de 2026 no horizonte.
Enquanto o mundo assiste com apreensão às eleições americanas, o Brasil permanece firme, com um sistema eleitoral que é, sim, uma referência mundial. Que possamos manter essa confiança em nosso processo eleitoral e mostrar ao mundo que a democracia brasileira não apenas funciona – ela é exemplar.